Sanshou
Esporte de contato
Sanshou é o esporte de contato do wushu moderno e que rapidamente ganhou popularidade entre os artistas marciais e lutadores. No Brasil é conhecido também como boxe chinês. Sanshou tem suas raízes na aplicação real das técnicas do wushu. Na China antiga eram feitos torneios e combates sobre uma plataforma elevada do chão, sem cordas, onde não haviam regras, chamadas de “Lei Tai”. No lei tai haviam três maneiras de se ganhar: jogando o adversário fora da plataforma, nocauteando-o ou ele desistindo (o que era pouco provável). Em 1928, durante as eliminatórias do Exame Nacional de Artes Marciais de Nanjing, as lutas foram se tornando cada vez mais violentas que os organizadores decidiram por encerrar antes mesmo da grande final, com o medo de que algum mestre famoso morresse. Assim classificaram e premiaram os 15 finalistas. Desde o princípio a luta corpo-a-corpo é base do wushu, sua quinta-essência. Mas com a chegada da sociedade moderna, leis e a maneira de encarar um combate se fizeram necessárias mudanças para que o sanshou continuasse como parte integral do wushu. Foi então que se estabeleceu como um moderno esporte de combate, criando-se regras que garantiam mais a integridade física do lutador e o uso de equipamentos de proteção. Desenvolvido na mesma época do wushu moderno (olímpico), utiliza chutes, socos e projeções (quedas) e todas as sua variações. O lutador pode vencer por nocaute ou por pontos, computados durante a luta por árbitros. A luta tem a duração de 2 rounds de 2 minutos com intervalo de 1 minuto, sendo prorrogado por mais um round se necessário. Em suas regras, está a proibição de golpes nos genitais e articulações entre outras. Originalmente era permitido o uso de cotoveladas e joelhadas, mas isto foi retirado desde 1991, quando ocorreu o 1º Campeonato Mundial de Sanshou e estabelecidas as regras oficiais do esporte. Nos últimos anos o sanshou cresceu em todo o mundo, campeonatos, torneios e lutadores vêm se profissionalizando, principalmente na China e EUA. Nestas lutas profissionais, conhecidas com “sanda”, as regras são diferentes e não há o uso de protetores de cabeça e tórax nem caneleira.Sanshou desenvolve um grande trabalho cardio-respiratório, defesa pessoal, coordenação e flexibilidade, condicionamento físico e mental.
A importância de um bom aprendizado
Pode ocorrer de uma pessoa entrar em uma academia e se deparar com um ensino inadequado, e após um mês de treino é colocado para fazer lutas, não sabendo ainda como reagir perante um adversário, também inexperiente, executando uma série de golpes sem técnica alguma, onde o aluno acaba machucando-se e abalando-se emocionalmente podendo desistir do esporte definitivamente. Em Valinhos a Academia Shaolin de Kung Fu que ensina a Arte do Kung Fu desde 1990, conta com professores especializados no esporte, e vem representando nossa cidade em competições nacionais e internacionais. Já consagrando atletas como campeões paulistas, brasileiros e pan americano, contando também com participações em mundiais.
Sanshou é o esporte de contato do wushu moderno e que rapidamente ganhou popularidade entre os artistas marciais e lutadores. No Brasil é conhecido também como boxe chinês. Sanshou tem suas raízes na aplicação real das técnicas do wushu. Na China antiga eram feitos torneios e combates sobre uma plataforma elevada do chão, sem cordas, onde não haviam regras, chamadas de “Lei Tai”. No lei tai haviam três maneiras de se ganhar: jogando o adversário fora da plataforma, nocauteando-o ou ele desistindo (o que era pouco provável). Em 1928, durante as eliminatórias do Exame Nacional de Artes Marciais de Nanjing, as lutas foram se tornando cada vez mais violentas que os organizadores decidiram por encerrar antes mesmo da grande final, com o medo de que algum mestre famoso morresse. Assim classificaram e premiaram os 15 finalistas. Desde o princípio a luta corpo-a-corpo é base do wushu, sua quinta-essência. Mas com a chegada da sociedade moderna, leis e a maneira de encarar um combate se fizeram necessárias mudanças para que o sanshou continuasse como parte integral do wushu. Foi então que se estabeleceu como um moderno esporte de combate, criando-se regras que garantiam mais a integridade física do lutador e o uso de equipamentos de proteção. Desenvolvido na mesma época do wushu moderno (olímpico), utiliza chutes, socos e projeções (quedas) e todas as sua variações. O lutador pode vencer por nocaute ou por pontos, computados durante a luta por árbitros. A luta tem a duração de 2 rounds de 2 minutos com intervalo de 1 minuto, sendo prorrogado por mais um round se necessário. Em suas regras, está a proibição de golpes nos genitais e articulações entre outras. Originalmente era permitido o uso de cotoveladas e joelhadas, mas isto foi retirado desde 1991, quando ocorreu o 1º Campeonato Mundial de Sanshou e estabelecidas as regras oficiais do esporte. Nos últimos anos o sanshou cresceu em todo o mundo, campeonatos, torneios e lutadores vêm se profissionalizando, principalmente na China e EUA. Nestas lutas profissionais, conhecidas com “sanda”, as regras são diferentes e não há o uso de protetores de cabeça e tórax nem caneleira.Sanshou desenvolve um grande trabalho cardio-respiratório, defesa pessoal, coordenação e flexibilidade, condicionamento físico e mental.
A importância de um bom aprendizado
Pode ocorrer de uma pessoa entrar em uma academia e se deparar com um ensino inadequado, e após um mês de treino é colocado para fazer lutas, não sabendo ainda como reagir perante um adversário, também inexperiente, executando uma série de golpes sem técnica alguma, onde o aluno acaba machucando-se e abalando-se emocionalmente podendo desistir do esporte definitivamente. Em Valinhos a Academia Shaolin de Kung Fu que ensina a Arte do Kung Fu desde 1990, conta com professores especializados no esporte, e vem representando nossa cidade em competições nacionais e internacionais. Já consagrando atletas como campeões paulistas, brasileiros e pan americano, contando também com participações em mundiais.
As Mulheres e o sanshou
Foi-se o tempo em que a mulher, longe da independência e auto confiança de hoje, era vista apenas como a parceira do homem e submissa aos seus desejos. Atualmente, muitos dos espaços dominados historicamente pelo sexo masculino, são ocupados por mulheres, que em muitos casos desempenham as funções melhor do que os homens. Aos poucos, mas numa velocidade cada vez maior, ela vai ganhando seu verdadeiro espaço, quer nas artes, na política, na administração de empresas, em diversas profissões liberais e no esporte. Exemplo disso é a invasão das academias de Artes Marciais, esportes que num passado recente eram praticados exclusivamente por homens. Um exemplo disso acontece aqui bem perto de nós, na Academia Shaolin de Kung Fu, onde as mulheres vão ocupando cada vez mais espaço e com grande êxito. O que leva uma mulher a praticar o Kung Fu, é principalmente o fato de ser um esporte completo, que une o desenvolvimento físico ao emocional e mental, ampliando a própria auto confiança. Ao contrário do que muito se propagou, as Artes Marciais não embrutecem e nem faz a mulher perder a feminilidade. O outro motivo que tem levado as mulheres a procurar as academias de Artes Marciais, é a defesa pessoal sendo que numa época conturbada em que estamos vivendo, com o aumento considerável da violência, principalmente contra a mulher, existe uma necessidade de uma defesa própria, onde a importância não está na defesa propriamente dita, mas no preparo psicológico para enfrentar uma possível agressão. Algumas das mulheres que praticam o Kung Fu foram entrevistadas para saber o que esta arte marcial trouxe de positivo para sua vida, onde conseguimos ótimas respostas: bom humor, postura correta, queima de calorias, melhora da auto estima, mais fôlego, ossos mais fortes, coração vigoroso, memória mais afiada, auto confiança, equilíbrio hormonal, sistema imunológico reforçado, melhora na flexibilidade, sono mais tranqüilo, concentração mais apurada e equilíbrio emocional. Para as mulheres que praticam o Kung Fu uma das metas é conquistar cada vez mais o espaço, num mundo onde os homens sempre dominaram, sendo que hoje o Kung Fu é um esporte que pode ser praticado por qualquer pessoa e por qualquer idade.
Entrevista com Ana Fatia a estrela do Sanshou
ENTREVISTA COM ANA FATIA Nossa entrevista de outubro é com uma grande representante do sanshou feminino no Brasil, a atleta da seleção Brasileira Ana Claudia Rodrigues Fatia ( Ana Fatia ). Nascida na cidade de Bauru (SP) em 19/11//1983. Ana Fatia pesa 55kg e tem 1,58 cm de altura sendo bacharel em educação física e graduada no estilo Hung Gr de kung fu com o mestre Li Hon ki. Neste mês a atleta estará viajando para o Canadá para disputar pelo nosso país o 10º campeonato mundial de wushu.
A entrevista Boxe Chinês- Ana onde você reside atualmente? Ana Fatia- Em Bauru-SP BC- Quando e onde começou a treinar kung fu e sanshou (boxe chinês)? AF- Comecei em uma Academia Municipal (Francisco Takao Kajino) perto de minha casa, onde aprendi o estilo Hung Gar do mestre Li Hon Ki e tambem treinava as formas modernas como Nanquan, Nangun e Corrente de 9 seguimentos, era meu foco e ao mesmo tempo também lutava nas competições. BC- Atualmente Treina onde e com quem? AF- Até o final de 2009 estarei passando por algumas mudanças de local e treinador, mas quem esta me apoiando é o Professor Delcio do Kick Boxing (Bauru Top Fight) e mais recente conto com a ajuda na minha preparação fisica da Professora Magda Pinke (Corpore) que faz um suporte junto com o Preparador Fisico da Seleção o Rafael Uliani devido a distancia e pode acompanhar de perto os erros e resultados do treinamento deixando cada vez mais completo!!!! ou seja não tenho como escapar,(risos), tambem quem esta dando mais força aos meus treinos é o Professor Marcus Vinicius. BC- Qual motivo que a inspirou a lutar? AF- Sempre gostei de artes marciais desde pequena por causa da disciplina, e quando inaugurou a Academia Municipal perto de casa, minha Tia foi fazer a inscrição e não foi para o Kung Fu e sim para o Judô não queria mas ja havia esgotado todas as vagas, treinei durante 2 anos até parar de vez pois minha mãe não me deixava competir e viajar com o pessoal (acho que ela não queria que eu lutasse) por ser muito nova. Depois de anos tentei outra vez mas agora foi no Karatê treinei um tempo em um salão de uma igreja mas o professor mudou para o SESC e era longe de casa e mais uma vez, minha mãe não me deixava andar de onibus a noite e não queria que eu fosse, mais uma vez parei!!!até fazer varias coisas como dança, futebol de salão e tambem até participar de bandas e fanfarras aqui em Bauru até parar advinha porque!Mas até que um dia meu irmão resolveu ir fazer aula de kung fu na mesma academia perto de casa, depois de alguns meses eu fui tambem e não tive duvidas me apaixonei por esta Arte Marcial aos 17 anos de idade. Sempre lutei e competi no sanshou e ao mesmo tempo fazia Taolu mas chegou um dia que tive que escolher entre os dois pois era campeã brasileira nas duas modalidades, mas a emoção de lutar não tem igual e acho que escolhi certo! BC- Qual ídolo atual no esporte? AF-É dificil porque me espelho em muitas pessoas no time de hoje na seleção, tenho muito que aprender, e cada um ali sempre tem algo a ensinar, até os mais novos, muitos ali me ajudaram a crescer e ter foco para onde quero chegar! BC- Na sua opinião qual titulo mais importante? AF- Conquistei o terceiro lugar no ultimo campeonato mundial em 2007 em Beijing (China), e com isso garanti a vaga para o Brasil na Copa do Mundo de Sanshou, que foi disputada em Harbin (China), ficando em terceiro lugar também. Mas sem duvidas o mundial foi o mais emocionante, pois foi a primeira vez que viajei para fora do país, e por ser meu primeiro mundial tudo era novo e apenas treinei para isso, nem imaginava como seria, mas tudo correu bem. BC-Você recebe bolsa atleta, qual importância da mesma para atletas, e o valor você acha justo? AF- Não recebo bolsa atleta, cheguei a receber a nacional no primeiro ano, mas não pude renovar porque não participei do brasileiro do ano anterior acho que foi o de Fortaleza e depois disso que soube que havia conseguido a Bolsa Atleta mas, já era tarde e desde então fiz minha inscrição e nunca saiu. Na inscrição do ano retrasado eu cometi um erro, achei que meu antigo técnico havia feito a inscrição referente ao campeonato mundial, mas perdemos o prazo e mesmo porque não era interesse dele e estava preocupado com outras coisas e prioridades, mas ano passado fiz a inscrição e acredito que tenha dado certo pois estou torcendo! Acho importante, mas não sei qual o critério de avaliação para a premiação da bolsa, sei que é trabalhoso e que tem muitas modalidades mas tem muitos que recebem essa bolsa e ganham muitas vezes por W.º e são categorias que muitas vezes nem aparecem em eventos internacionais e isso prejudica quem esta tentando a bolsa. Também e muitas vezes gasta com treinos e viagens para fora do país!Não que esteja menospresando outras categorias, mas que tem poucas bolsas e deveriam dar prioridades as que quem mais pessoas disputando vagas! O que espero é que o Sanshou tenha uma estrutura própria e que um dia seja uma modalidade Olímpica ai sim, tudo seria mais facil! Hoje conto com o apoio da Escola de Idiomas CNA e tambem Fiorella Pizzaria além de muitos amigos que sempre estão ao meu lado e sempre ajudando, e acho que muitas pessoas devem a essas pessoas a ajudarem nosso esporte a crescer! BC-Muitas pessoas criticam as mulheres que lutam pois acham que perdem a feminilidade, o que você tem a dizer sobre isto. AF- Acho que as pessoas que falam isso tem algum problema com preconceito e depende de cada mulher. É claro que as lutas propiciam algumas dificuldades em relação a isso como por exemplo: usar brincos, maquiagem, bijuterias e alguns adereços que as mulheres usam normalmente, para lutar a postura que é igual para homens e mulheres e que se julgam algo masculino, a mulher pode lutar sem perder sua feminilidade mas no inicio das lutas a maioria eram homens e poucas mulheres participavam por preconceito de seus pais, namorados e maridos, por isso as mulheres que entravam eram julgadas como lesbicas (cada um escolhe o que quer e não vejo nada de errado nisso) e por isso dessa crendice, como eu disse cada um faz sua escolha. A cada dia este cenário esta mudando e aumenta o numero de mulheres que começam a lutar. Uma prova disso é o atual time feminino de sanshou da seleção, até nos elogiaram por isso (o Nelsinho,kkkkkkk, vai me matar). E acho que deveriamos usar isso a favor do esporte, e fazer que o sanshou apareça cada vez mais sem deixar de provar que beleza não leva a lugar nenhum .Mesmo porque um rostinho bonito não desvia soco algum e não da mais raça e força a ninguém! BC-Nas ultimas competições internacionais observamos as mulheres muçulmanas lutando com o corpo todo protegido por roupas e diferentes das outras lutadoras, esse privilégio não pode abrir um precedente para outras religioês ? AF- Acho que não interfere em nada e que outras religiões também poderiam repensar no que impedem de seu povo praticar esportes e as lutas, desde o que sua religião peça não seja algo que de benefícios que interfiram nos resultados das lutas e prejudiquem os adversários! Tudo é valido e espero que o sanshou seja aberto a todos, e além do esporte de rendimento que seja aberto a pessoas de todas as faixas etárias, raças e tambem a opção sexual porque somos ser humanos e se escolheram nossa arte marcial é um privilegio e temos algo em comum que é praticar sanshou não importa qual objetivo! BC- Qual sua luta mais dificil? AF-Sem contar patrocinio. Pra variar foram as lutas que eu perdi e que havia treinado o maximo para vencer, a primeira foi em um paulista nem lembro mais que ano mas lutei com a Ariana Ortega e cresci muito com isso! a segunda foi para a chinesa E Mei Diei na semi final do mundial e agora sei o porque eles estão no topo. BC-Como é o seu treino. Tipo de treino técnico e físico? AF-Atualmente sigo os treinos da seleção que são passados pelo Rafael Uliani que são mais simplificados, pois não tenho como treinar a carga horária que é pedida, na parte técnica estou seguindo o que o professor Marcus Vinicius pediu e todos com foco para o mundial! BC- Treina outras modalidades de luta ou outros esportes? AF-Atualmente estou treinando Kick Boxing cheguei a competir este ano no brasileiro em duas modalidades a K1 Rulles e Semi Contato onde conquistei o primeiro lugar, penso em fazer outras modalidades, mas todas como um só objetivo que é ajudara ter mais experiÊncia e poder cada dia melhorar na minha modalidade que é o sanshou. BC- Quem você considera os maiores lutadores brasileiros em atividade e no feminino quem gostaria de destacar? AF-É dificil escolher um pois como ja havia dito cada um tem sua característica. Mas um dos destaques atualmente é o Emerson Almeida, o Cavera que esta se dedicando muito e esta muito bem, dos mais leves, o Antonio Silva que nem precisa falar, pois sua preparação fÍsica é invejável, e o Jerônimo Marana, que deve se destacar por competir desde pequeno. No Feminino atualmente o maior destaque é a Ariana Ortega, pois também tem muita experiência e lutou Kuoshu. É a única que não veio somente do Sanshou, e que apesar das lesões deve trazer medalhas para o Brasil neste mundial! Mas gostaria de destacar ainda uma atleta que hoje não esta mais em atividade, mas que assim como eu veio do taolu e que foi a precursora do nosso time, a Juliana Justino que por ser categoria pesada dava inveja de ver sua perna muito leve e as técnicas de quedas que tive o prazer de um dos treinos ser arremessada longe,kkkkk (e sempre estará em nosso time). BC- A nível mundial quem são as grandes adversárias, e existe alguém que está acima da média? AF-Acho que para qualquer atleta o maior adversário é ele mesmo, e assim que esta vitória acontece. Posso destacar as Iranianas que vem crescendo muito, mas que para nós brasileiras não devemos ficar atrás mesmo porque estamos engasgadas com elas e logo vamos vence-las!!!Acima da média acho que todos ja sabem, são os chineses por terem estrutura e ter muitos atletas para tirar sempre um melhor que o outro, acho que mais no feminino por nosso time ser novo e cada dia crescemos com isso, assim como aconteceu no masculino, que hoje em dia não são mais acima da média. BC-Antes de uma competição importante você fica nervosa, como trabalha o aspecto psicológico? AF-Dias antes nao fico nervosa, mas antes de entrar para lutar sim independente de quem seja, fico enjoada e não consigo comer nada. BC- Descreva seu currículo no sanshou AF-Títulos (Pela Confederação Brasileira de Kung Fu Wushu) - 3 LUGAR NO MUNDIAL – PEQUIM 2007. - 3 LUGAR NA COPA DO MUNDO – HARBIN - CHINA 2008. - CAMPEÃ PANAMERICANA 2008. - CAMPEÃ SULAMERICANA 2009. - VICE CAMPEÃ SULAMERICANA 2007. - TETRA CAMPEÃ BRASILEIRA. - OCTA CAMPEÃ PAULISTA CONSECUTIVA. - 6 ANOS NA SELEÇÃO BRASILEIRA DE KUNG FU BC-muitas meninas que estão chegando na seleção encaram você como um ídolo e como referência, como vc se sente a respeito,isso é é um fardo? AF-Hum, na verdade nem imaginava isso, até pouco tempo tinha minhas referencias e hoje sou uma, é uma novidade e me estimula mais porque agora sou exemplo e muitas se espelham em mim e por isso tenho que melhorar mais meu trabalho e ajudando o esporte cada vez mais. BC-Você como atleta também compete em formas, como administra o treinamento das duas modalidades, um não interfere no outro? AF-Na verdade não me dedico tanto as formas, treinei muito nos meus primeiros 4 anos, como atleta minha prioridade era as formas me dediquei mesmo a isso mas também lutava sanshou e conseguia vencer até que um dia fui convocada para a seleção em 2004 (eu acho) e pela primeira vez seria montado um time de sanshou feminino. Fiquei de escolher e graças a Deus fiz a escolha certa! sou teimosa e adoro fazer os taolus e não quero parar de fazer, quando vejo as meninas da minha categoria competindo fico chateada porque queria estar lá. Mas para 2010 mesmo me dedicando muito ao sanshou quero poder treinar mais as formas e me manter competindo, na medida do possível, as duas modalidades assim como as formas de internos (tai chi chuan). BC-Neste ano na maioria dos treinos da seleção, foram convocadas muitas meninas, apesar da boa qualidade vocÊ e a Ariana Ortega ainda estão muito a frente delas, destas meninas alguma vc destacaria e que poderá logo estar disputando uma vaga no time “A” da seleção? AF-Acho que não estou tão distante assim mesmo porque cada dia a maneira de ensinar o sanshou esta muito melhor, e os estímulos são maiores, vídeos e referencias (apesar de eu não assistir), elas estão cada vez mais aplicadas e mais fortes, acho que elas só deveriam acreditar mais nelas, não tenho como citar ninguém porque passam muitas e mesmo sendo boas no que fazem acabam parando por motivos pessoais, mulher atleta tem estes tipos de problemas, mas ai já se seleciona as que são campeãs, lutar para treinar e treinar para lutar! BC-E por falar na Ariana Ortega, ela alem de companheira de seleção também já foi sua adversária algumas vezes. Muitas pessoas ficam comparando as duas como atletas, isso você encara com naturalidade ou a deixa desconfortável, por que? AF- Sim éramos adversárias e lutávamos no mesmo peso, eu estava como campeã da categoria que ela participava e estava parada por causa das lesões, em anos sem derrotas aconteceu com ela, hoje agradeço e por causa dessa derrota aprendi muita coisa. Como dizem derrotas a gente não esquece e por isso só tenho na memória as minhas derrotas não sei quantas vitórias. Depois de tudo comecei a treinar para tentar vence-la, pois ela era minha referencia e tinha mais experiencia em lutas . E foi ai que o Marcus decidiu separar as duas para lutar em pesos diferentes para o mundial, e deu no que deu, eu em terceiro lugar e ela classificada para as Olimpíadas, representando nosso time do Brasil. Por mais que a juventude possa um dia vencer a experiência, o respeito será o mesmo porque se não tivesse esta meta não estaria onde estou, e hoje por mais que não tenha vencido ela ainda, não ligo porque a cada treino aprendo mais e sei que me faz crescer. Assim um dia eu vou fazer com outras que entrarem na seleção e meus alunos, e nosso foco não está mais no país e sim representar –lo, e um dia dar lugar a juventude que esta cada dia melhor. BC- Algumas palavras aos nossos praticantes de sanshou (boxe chinês) AF- Cada praticante de sanshou deve fazer o papel de representar o melhor possÍvel nosso esporte, treinando muito e se dedicando ao máximo, para que um futuro próximo estejamos em um das maiores competições do mundo ,as OLIMPIADAS!
A entrevista Boxe Chinês- Ana onde você reside atualmente? Ana Fatia- Em Bauru-SP BC- Quando e onde começou a treinar kung fu e sanshou (boxe chinês)? AF- Comecei em uma Academia Municipal (Francisco Takao Kajino) perto de minha casa, onde aprendi o estilo Hung Gar do mestre Li Hon Ki e tambem treinava as formas modernas como Nanquan, Nangun e Corrente de 9 seguimentos, era meu foco e ao mesmo tempo também lutava nas competições. BC- Atualmente Treina onde e com quem? AF- Até o final de 2009 estarei passando por algumas mudanças de local e treinador, mas quem esta me apoiando é o Professor Delcio do Kick Boxing (Bauru Top Fight) e mais recente conto com a ajuda na minha preparação fisica da Professora Magda Pinke (Corpore) que faz um suporte junto com o Preparador Fisico da Seleção o Rafael Uliani devido a distancia e pode acompanhar de perto os erros e resultados do treinamento deixando cada vez mais completo!!!! ou seja não tenho como escapar,(risos), tambem quem esta dando mais força aos meus treinos é o Professor Marcus Vinicius. BC- Qual motivo que a inspirou a lutar? AF- Sempre gostei de artes marciais desde pequena por causa da disciplina, e quando inaugurou a Academia Municipal perto de casa, minha Tia foi fazer a inscrição e não foi para o Kung Fu e sim para o Judô não queria mas ja havia esgotado todas as vagas, treinei durante 2 anos até parar de vez pois minha mãe não me deixava competir e viajar com o pessoal (acho que ela não queria que eu lutasse) por ser muito nova. Depois de anos tentei outra vez mas agora foi no Karatê treinei um tempo em um salão de uma igreja mas o professor mudou para o SESC e era longe de casa e mais uma vez, minha mãe não me deixava andar de onibus a noite e não queria que eu fosse, mais uma vez parei!!!até fazer varias coisas como dança, futebol de salão e tambem até participar de bandas e fanfarras aqui em Bauru até parar advinha porque!Mas até que um dia meu irmão resolveu ir fazer aula de kung fu na mesma academia perto de casa, depois de alguns meses eu fui tambem e não tive duvidas me apaixonei por esta Arte Marcial aos 17 anos de idade. Sempre lutei e competi no sanshou e ao mesmo tempo fazia Taolu mas chegou um dia que tive que escolher entre os dois pois era campeã brasileira nas duas modalidades, mas a emoção de lutar não tem igual e acho que escolhi certo! BC- Qual ídolo atual no esporte? AF-É dificil porque me espelho em muitas pessoas no time de hoje na seleção, tenho muito que aprender, e cada um ali sempre tem algo a ensinar, até os mais novos, muitos ali me ajudaram a crescer e ter foco para onde quero chegar! BC- Na sua opinião qual titulo mais importante? AF- Conquistei o terceiro lugar no ultimo campeonato mundial em 2007 em Beijing (China), e com isso garanti a vaga para o Brasil na Copa do Mundo de Sanshou, que foi disputada em Harbin (China), ficando em terceiro lugar também. Mas sem duvidas o mundial foi o mais emocionante, pois foi a primeira vez que viajei para fora do país, e por ser meu primeiro mundial tudo era novo e apenas treinei para isso, nem imaginava como seria, mas tudo correu bem. BC-Você recebe bolsa atleta, qual importância da mesma para atletas, e o valor você acha justo? AF- Não recebo bolsa atleta, cheguei a receber a nacional no primeiro ano, mas não pude renovar porque não participei do brasileiro do ano anterior acho que foi o de Fortaleza e depois disso que soube que havia conseguido a Bolsa Atleta mas, já era tarde e desde então fiz minha inscrição e nunca saiu. Na inscrição do ano retrasado eu cometi um erro, achei que meu antigo técnico havia feito a inscrição referente ao campeonato mundial, mas perdemos o prazo e mesmo porque não era interesse dele e estava preocupado com outras coisas e prioridades, mas ano passado fiz a inscrição e acredito que tenha dado certo pois estou torcendo! Acho importante, mas não sei qual o critério de avaliação para a premiação da bolsa, sei que é trabalhoso e que tem muitas modalidades mas tem muitos que recebem essa bolsa e ganham muitas vezes por W.º e são categorias que muitas vezes nem aparecem em eventos internacionais e isso prejudica quem esta tentando a bolsa. Também e muitas vezes gasta com treinos e viagens para fora do país!Não que esteja menospresando outras categorias, mas que tem poucas bolsas e deveriam dar prioridades as que quem mais pessoas disputando vagas! O que espero é que o Sanshou tenha uma estrutura própria e que um dia seja uma modalidade Olímpica ai sim, tudo seria mais facil! Hoje conto com o apoio da Escola de Idiomas CNA e tambem Fiorella Pizzaria além de muitos amigos que sempre estão ao meu lado e sempre ajudando, e acho que muitas pessoas devem a essas pessoas a ajudarem nosso esporte a crescer! BC-Muitas pessoas criticam as mulheres que lutam pois acham que perdem a feminilidade, o que você tem a dizer sobre isto. AF- Acho que as pessoas que falam isso tem algum problema com preconceito e depende de cada mulher. É claro que as lutas propiciam algumas dificuldades em relação a isso como por exemplo: usar brincos, maquiagem, bijuterias e alguns adereços que as mulheres usam normalmente, para lutar a postura que é igual para homens e mulheres e que se julgam algo masculino, a mulher pode lutar sem perder sua feminilidade mas no inicio das lutas a maioria eram homens e poucas mulheres participavam por preconceito de seus pais, namorados e maridos, por isso as mulheres que entravam eram julgadas como lesbicas (cada um escolhe o que quer e não vejo nada de errado nisso) e por isso dessa crendice, como eu disse cada um faz sua escolha. A cada dia este cenário esta mudando e aumenta o numero de mulheres que começam a lutar. Uma prova disso é o atual time feminino de sanshou da seleção, até nos elogiaram por isso (o Nelsinho,kkkkkkk, vai me matar). E acho que deveriamos usar isso a favor do esporte, e fazer que o sanshou apareça cada vez mais sem deixar de provar que beleza não leva a lugar nenhum .Mesmo porque um rostinho bonito não desvia soco algum e não da mais raça e força a ninguém! BC-Nas ultimas competições internacionais observamos as mulheres muçulmanas lutando com o corpo todo protegido por roupas e diferentes das outras lutadoras, esse privilégio não pode abrir um precedente para outras religioês ? AF- Acho que não interfere em nada e que outras religiões também poderiam repensar no que impedem de seu povo praticar esportes e as lutas, desde o que sua religião peça não seja algo que de benefícios que interfiram nos resultados das lutas e prejudiquem os adversários! Tudo é valido e espero que o sanshou seja aberto a todos, e além do esporte de rendimento que seja aberto a pessoas de todas as faixas etárias, raças e tambem a opção sexual porque somos ser humanos e se escolheram nossa arte marcial é um privilegio e temos algo em comum que é praticar sanshou não importa qual objetivo! BC- Qual sua luta mais dificil? AF-Sem contar patrocinio. Pra variar foram as lutas que eu perdi e que havia treinado o maximo para vencer, a primeira foi em um paulista nem lembro mais que ano mas lutei com a Ariana Ortega e cresci muito com isso! a segunda foi para a chinesa E Mei Diei na semi final do mundial e agora sei o porque eles estão no topo. BC-Como é o seu treino. Tipo de treino técnico e físico? AF-Atualmente sigo os treinos da seleção que são passados pelo Rafael Uliani que são mais simplificados, pois não tenho como treinar a carga horária que é pedida, na parte técnica estou seguindo o que o professor Marcus Vinicius pediu e todos com foco para o mundial! BC- Treina outras modalidades de luta ou outros esportes? AF-Atualmente estou treinando Kick Boxing cheguei a competir este ano no brasileiro em duas modalidades a K1 Rulles e Semi Contato onde conquistei o primeiro lugar, penso em fazer outras modalidades, mas todas como um só objetivo que é ajudara ter mais experiÊncia e poder cada dia melhorar na minha modalidade que é o sanshou. BC- Quem você considera os maiores lutadores brasileiros em atividade e no feminino quem gostaria de destacar? AF-É dificil escolher um pois como ja havia dito cada um tem sua característica. Mas um dos destaques atualmente é o Emerson Almeida, o Cavera que esta se dedicando muito e esta muito bem, dos mais leves, o Antonio Silva que nem precisa falar, pois sua preparação fÍsica é invejável, e o Jerônimo Marana, que deve se destacar por competir desde pequeno. No Feminino atualmente o maior destaque é a Ariana Ortega, pois também tem muita experiência e lutou Kuoshu. É a única que não veio somente do Sanshou, e que apesar das lesões deve trazer medalhas para o Brasil neste mundial! Mas gostaria de destacar ainda uma atleta que hoje não esta mais em atividade, mas que assim como eu veio do taolu e que foi a precursora do nosso time, a Juliana Justino que por ser categoria pesada dava inveja de ver sua perna muito leve e as técnicas de quedas que tive o prazer de um dos treinos ser arremessada longe,kkkkk (e sempre estará em nosso time). BC- A nível mundial quem são as grandes adversárias, e existe alguém que está acima da média? AF-Acho que para qualquer atleta o maior adversário é ele mesmo, e assim que esta vitória acontece. Posso destacar as Iranianas que vem crescendo muito, mas que para nós brasileiras não devemos ficar atrás mesmo porque estamos engasgadas com elas e logo vamos vence-las!!!Acima da média acho que todos ja sabem, são os chineses por terem estrutura e ter muitos atletas para tirar sempre um melhor que o outro, acho que mais no feminino por nosso time ser novo e cada dia crescemos com isso, assim como aconteceu no masculino, que hoje em dia não são mais acima da média. BC-Antes de uma competição importante você fica nervosa, como trabalha o aspecto psicológico? AF-Dias antes nao fico nervosa, mas antes de entrar para lutar sim independente de quem seja, fico enjoada e não consigo comer nada. BC- Descreva seu currículo no sanshou AF-Títulos (Pela Confederação Brasileira de Kung Fu Wushu) - 3 LUGAR NO MUNDIAL – PEQUIM 2007. - 3 LUGAR NA COPA DO MUNDO – HARBIN - CHINA 2008. - CAMPEÃ PANAMERICANA 2008. - CAMPEÃ SULAMERICANA 2009. - VICE CAMPEÃ SULAMERICANA 2007. - TETRA CAMPEÃ BRASILEIRA. - OCTA CAMPEÃ PAULISTA CONSECUTIVA. - 6 ANOS NA SELEÇÃO BRASILEIRA DE KUNG FU BC-muitas meninas que estão chegando na seleção encaram você como um ídolo e como referência, como vc se sente a respeito,isso é é um fardo? AF-Hum, na verdade nem imaginava isso, até pouco tempo tinha minhas referencias e hoje sou uma, é uma novidade e me estimula mais porque agora sou exemplo e muitas se espelham em mim e por isso tenho que melhorar mais meu trabalho e ajudando o esporte cada vez mais. BC-Você como atleta também compete em formas, como administra o treinamento das duas modalidades, um não interfere no outro? AF-Na verdade não me dedico tanto as formas, treinei muito nos meus primeiros 4 anos, como atleta minha prioridade era as formas me dediquei mesmo a isso mas também lutava sanshou e conseguia vencer até que um dia fui convocada para a seleção em 2004 (eu acho) e pela primeira vez seria montado um time de sanshou feminino. Fiquei de escolher e graças a Deus fiz a escolha certa! sou teimosa e adoro fazer os taolus e não quero parar de fazer, quando vejo as meninas da minha categoria competindo fico chateada porque queria estar lá. Mas para 2010 mesmo me dedicando muito ao sanshou quero poder treinar mais as formas e me manter competindo, na medida do possível, as duas modalidades assim como as formas de internos (tai chi chuan). BC-Neste ano na maioria dos treinos da seleção, foram convocadas muitas meninas, apesar da boa qualidade vocÊ e a Ariana Ortega ainda estão muito a frente delas, destas meninas alguma vc destacaria e que poderá logo estar disputando uma vaga no time “A” da seleção? AF-Acho que não estou tão distante assim mesmo porque cada dia a maneira de ensinar o sanshou esta muito melhor, e os estímulos são maiores, vídeos e referencias (apesar de eu não assistir), elas estão cada vez mais aplicadas e mais fortes, acho que elas só deveriam acreditar mais nelas, não tenho como citar ninguém porque passam muitas e mesmo sendo boas no que fazem acabam parando por motivos pessoais, mulher atleta tem estes tipos de problemas, mas ai já se seleciona as que são campeãs, lutar para treinar e treinar para lutar! BC-E por falar na Ariana Ortega, ela alem de companheira de seleção também já foi sua adversária algumas vezes. Muitas pessoas ficam comparando as duas como atletas, isso você encara com naturalidade ou a deixa desconfortável, por que? AF- Sim éramos adversárias e lutávamos no mesmo peso, eu estava como campeã da categoria que ela participava e estava parada por causa das lesões, em anos sem derrotas aconteceu com ela, hoje agradeço e por causa dessa derrota aprendi muita coisa. Como dizem derrotas a gente não esquece e por isso só tenho na memória as minhas derrotas não sei quantas vitórias. Depois de tudo comecei a treinar para tentar vence-la, pois ela era minha referencia e tinha mais experiencia em lutas . E foi ai que o Marcus decidiu separar as duas para lutar em pesos diferentes para o mundial, e deu no que deu, eu em terceiro lugar e ela classificada para as Olimpíadas, representando nosso time do Brasil. Por mais que a juventude possa um dia vencer a experiência, o respeito será o mesmo porque se não tivesse esta meta não estaria onde estou, e hoje por mais que não tenha vencido ela ainda, não ligo porque a cada treino aprendo mais e sei que me faz crescer. Assim um dia eu vou fazer com outras que entrarem na seleção e meus alunos, e nosso foco não está mais no país e sim representar –lo, e um dia dar lugar a juventude que esta cada dia melhor. BC- Algumas palavras aos nossos praticantes de sanshou (boxe chinês) AF- Cada praticante de sanshou deve fazer o papel de representar o melhor possÍvel nosso esporte, treinando muito e se dedicando ao máximo, para que um futuro próximo estejamos em um das maiores competições do mundo ,as OLIMPIADAS!
OS PRIMORDIOS
Os primeiros registros fiéis de Kung Fu foram encontrados em ossos e cascos de tartarugas da dinastia Shang (1766-1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate.
Ch'uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens.
O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch'uan yung, e a arte começou a florescer.
O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado no Sun-tzu (Livro das Guerra), "Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro". Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres que os usados para o jujutsu japônes).
As dinastias Ch'in (221-206 a.C.) e Han (206 a.C. - 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marcias como o shoubo (luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch'iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo começou a influenciar a filosofia de luta.
Na dinastia Chin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.
Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T'o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T'o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch'ien. As obras de Hua T'o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu.
O seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.
Ch'uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens.
O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch'uan yung, e a arte começou a florescer.
O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado no Sun-tzu (Livro das Guerra), "Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro". Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres que os usados para o jujutsu japônes).
As dinastias Ch'in (221-206 a.C.) e Han (206 a.C. - 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marcias como o shoubo (luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch'iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo começou a influenciar a filosofia de luta.
Na dinastia Chin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.
Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T'o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T'o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch'ien. As obras de Hua T'o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu.
O seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.
A LENDA DE BODIDHARMA
Durante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma.
Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests (Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.).
Apesar destas fontes aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.
Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.
Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China. Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.
Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests (Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.).
Apesar destas fontes aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.
Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.
Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China. Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.
Os relatos das atividades de Bodhidharma na China
Os relatos das atividades de Bodhidharma na China variam consideravelmente. O livro Biografias dos Altos Sacerdotes, de Tao-hsuan, afirma que Bodhidharma chegou à China durante a dinastia Sung (420-479 d.C.) e as dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.) e mais tarde viajou para o norte para o reino de Wei. Mas a data tradicional dada para a entrada de Bodhidharma, segundo o livro Biografias dos Altos Sacerdotes de Tao-hsuan que foi preciso em colocá-lo no templo Yung-ning em Lo-yang em 520 d.C. O livro ainda afirma posteriormente que um noviço budista chamado Seng-fu juntou-se aos seguidores de Bodhidharma, foi ordenado por Bodhidharma e então viajou para o sul da China, onde morreu com a idade de 61 anos. Um simples cálculo matemático nos diz que se Seng-fu estava de fato com 61 anos em 524 d.C. e possuíra a idade mínima aceitável para ordenação (20 anos), teria estado com 20 anos em 483 d.C., colocando o monge indiano na China mais cedo do que a data tradicional.
Uma variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang (502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim).
Quando Wu viu Bodhidharma (diz a lenda), ele lhe perguntou: "Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu. Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por isso?"Bodhidharma replicou: "Nenhuma!" (referindo-se à crença budista de que se você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou tão furioso que baniu Bodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu para o norte.
Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung.
Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch'an. A lenda diz que além de formar o ch'an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da China.
É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis tornavam-se monges. Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo - exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos, Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram empregos da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan. Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).
O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan (também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação. Pai Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito, tendões e ch'i (energia interior).
Uma variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang (502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim).
Quando Wu viu Bodhidharma (diz a lenda), ele lhe perguntou: "Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu. Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por isso?"Bodhidharma replicou: "Nenhuma!" (referindo-se à crença budista de que se você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou tão furioso que baniu Bodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu para o norte.
Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung.
Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch'an. A lenda diz que além de formar o ch'an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da China.
É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis tornavam-se monges. Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo - exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos, Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram empregos da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan. Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).
O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan (também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação. Pai Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito, tendões e ch'i (energia interior).
Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais
Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais. Eram eles a serpente (she), o leopardo (pao), a garça azul (hao), o dragão (lung) e o tigre (hu). O tigre ensinou o método de força dos ossos; o dragão desenvolveu grande força do espírito; a garça azul ensinou o treinamento dos tendões; o estilo do leopardo representou extrema força e a serpente instruiu na capacidade de fluir o ch'i.
O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos. Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original veio da província de Honan. Os outros sistemas foram chamados de acordo com as províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung. No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo.
Cada uma dessas cinco famílias desenvolveu suas próprias artes:
Hung Gar: Da família Hung. Fundado por Hung Hei Gung. Usa a força externa e exercícios de tensão dinâminca e é excelente para desenvolver músculos e posturas fortes.
Lau Gar: Da família Lau. Fundado por Lau Soam Ngan, é um excelente sistema baseado em métodos manuais de médio alcance.
Choy Gar: Da família Choy. Fundado por Choy Gau Yee, este não é o sistema Choy Li Fut que é tão popular hoje. Embora tenha algumas semelhanças, a marca registrada de Choy Gar são seus métodos de ataque a longo alcance.
Li Gar: Da família Li. Fundado por Li Yao San, este sistema usa ataques de médio alcance com um murro poderoso de médio alcance.
Mok Gar: Da família Mok (ou Mo). Fundado por Mok Ching Giu, este sistema tem socos de curto alcance e métodos de chute muito poderosos.
O mais fascinante aspecto dos 170 métodos de Pai é seu fundamento nos movimentos dos animais, a saber, o tigre, o dragão, a garça azul, o leopardo e a serpente.
A garça azul (hao) é um estilo baseado em métodos e técnicas para fortalecer os tendões. Ele enfatiza o equilíbrio, o trabalho dos pés complexo e rápido, e um único movimento do punho chamado o bico da garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar. A marca registrada do estilo garça azul é sua postura de uma perna e um punho muito alongado (chang ch'uan). Além destas técnicas, a garça aul também usa um punho curto (tuan ch'uan), técnicas de armadilha com o pulso e uma variedade de chutes.
O estilo do leopardo (pao) desenvolve poder, velocidade e força, especialmente na parte inferior do corpo. O método do leopardo exibe golpes penetrantes e rápidos e uma atitude mental feroz.
A serpente (she) é talvez o aspecto mais interpretado dos cinco animais (wu-chia ch'uan), já que desenvolve a misteriosa energia intrínseca chamada ch'i. O estilo em si realça a elasticidade dos tendões e ligamentos, flexibilidade, movimentos diagonais defensivos e ofensivos e ataques velozes com os dedos. A mão da serpente usa às vezes dois dedos (o do meio e o indicador) ou os quatro dedos (que é o mais usado). O ataque com os dedos são aplicados nas partes moles do corpo do adversário, com movimentos circulares que açoitam, golpeiam de leve e saltam.
O dragão (lung), um animal mítico do folclore chinês, desenvolve autoconfiança. Movimentos técnicos são aplicados com fortes torções do corpo (como a torção e sacudidela violenta do corpo e rabo do dragão). O estilo do dragão também usa uma postura baixa e potente do cavalo e desenvolve espírito forte por meio da graça e flexibilidade. Muitos sistemas completos de Kung Fu se originaram dos movimentos do dragão. A maioria se destaca por seus movimentos fluentes, técnicas de mão abundantes (umas 12 danças do punho ou kuen), chutes fortes e rápidos, uma variedade de movimentos circulares de perna e umas 28 séries de armas.
O tigre (hu) desenvolve força por meio do uso de tensão dinâmica e usa esta força para resgatar poderosas técnicas de mão de posturas muito baixas. A técnica de mão básica que distingue este estilo dos outros é a garra do tigre. O estilo do tigre geralmente investe para cima. (Existem, contudo, exceções onde o estilo do tigre investe para fora horizontalmente.)
Com o príncípio dos 170 métodos de Pai, o Kung Fu começou um novo período de crescimento. Contudo, o Kung Fu não começou no templo Shaolin, como muitos acreditam. Em vez disso, o Kung Fu começou a florescer através da influência de Shaolin. Por volta desta época, o Kung Fu passou a ser categorizado como estilos (métodos) do Norte e do Sul. O rio Yuangtze é tradicionalmente a demarcação entre o Norte (mandarim) e o Sul (cantonense).
Os sistemas do Norte destacam-se por suas técnicas de perna e seus padrões muito elegantes e extremamente trabalhados. Os métodos são ligeiros e graciosos. As técnicas do Norte adotaram esta especialização (de acordo com a lenda) por causa do terreno montanhoso que desenvolvia pernas fortes. Outros acreditam que o tempo inclemente forçava as pessoas a usar roupas pesadas. Isto exigia pernas fortes, já que a parte superior do corpo era difícil de se mover com rapidez.
Os estilos do Sul, por sua vez, não usam os métodos acrobáticos do Norte, e por causa disto muitos acham que são mais fáceis de se aprender. Os estilos do Sul usam posturas baixas, técnicas de mão potentes e chutes baixos rápidos. O povo cantonense, que pronuncia Kung Fu como Gung Fu, é mais baixo e mais atarracado e prefere usar métodos de mão. A lenda diz que como o Sul da China tem mais pântanos e água, o povo sulista remava mais, o que desenvolvia seus braços para técnicas de mão. Os praticantes do Gung Fu baseiam-se na velocidade, força, agilidade e resistência para executar seus ataques e defesas.
Os dois estilos mais singulares que se originaram do Kung Fu Shaolin são a palma de ferro (t'ieh chang) e a mão de veneno (dim mark). A palma de ferro refere-se ao método de condicionar externamente a mão para torná-la dura. A idéia é ter uma arma sempre disponível que consiga atacar com a força da morte. Os praticantes da palma de ferro usam ungüento de ervas chamado dit da jow. Usando isto, as mãos não demonstram sinais da capacidade mortífera.
A mão de veneno refere-se à capacidade de atingir centros nervosos para causar um ferimento antagônico. Os praticantes da mão de veneno usam mais o ch'i (energia interior) do que condicionamento físico.
Quando utilizada, há poucos sinais de ferimentos externos; contudo, a energia destrutiva danífica os órgãos internos.
O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos. Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original veio da província de Honan. Os outros sistemas foram chamados de acordo com as províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung. No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo.
Cada uma dessas cinco famílias desenvolveu suas próprias artes:
Hung Gar: Da família Hung. Fundado por Hung Hei Gung. Usa a força externa e exercícios de tensão dinâminca e é excelente para desenvolver músculos e posturas fortes.
Lau Gar: Da família Lau. Fundado por Lau Soam Ngan, é um excelente sistema baseado em métodos manuais de médio alcance.
Choy Gar: Da família Choy. Fundado por Choy Gau Yee, este não é o sistema Choy Li Fut que é tão popular hoje. Embora tenha algumas semelhanças, a marca registrada de Choy Gar são seus métodos de ataque a longo alcance.
Li Gar: Da família Li. Fundado por Li Yao San, este sistema usa ataques de médio alcance com um murro poderoso de médio alcance.
Mok Gar: Da família Mok (ou Mo). Fundado por Mok Ching Giu, este sistema tem socos de curto alcance e métodos de chute muito poderosos.
O mais fascinante aspecto dos 170 métodos de Pai é seu fundamento nos movimentos dos animais, a saber, o tigre, o dragão, a garça azul, o leopardo e a serpente.
A garça azul (hao) é um estilo baseado em métodos e técnicas para fortalecer os tendões. Ele enfatiza o equilíbrio, o trabalho dos pés complexo e rápido, e um único movimento do punho chamado o bico da garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar. A marca registrada do estilo garça azul é sua postura de uma perna e um punho muito alongado (chang ch'uan). Além destas técnicas, a garça aul também usa um punho curto (tuan ch'uan), técnicas de armadilha com o pulso e uma variedade de chutes.
O estilo do leopardo (pao) desenvolve poder, velocidade e força, especialmente na parte inferior do corpo. O método do leopardo exibe golpes penetrantes e rápidos e uma atitude mental feroz.
A serpente (she) é talvez o aspecto mais interpretado dos cinco animais (wu-chia ch'uan), já que desenvolve a misteriosa energia intrínseca chamada ch'i. O estilo em si realça a elasticidade dos tendões e ligamentos, flexibilidade, movimentos diagonais defensivos e ofensivos e ataques velozes com os dedos. A mão da serpente usa às vezes dois dedos (o do meio e o indicador) ou os quatro dedos (que é o mais usado). O ataque com os dedos são aplicados nas partes moles do corpo do adversário, com movimentos circulares que açoitam, golpeiam de leve e saltam.
O dragão (lung), um animal mítico do folclore chinês, desenvolve autoconfiança. Movimentos técnicos são aplicados com fortes torções do corpo (como a torção e sacudidela violenta do corpo e rabo do dragão). O estilo do dragão também usa uma postura baixa e potente do cavalo e desenvolve espírito forte por meio da graça e flexibilidade. Muitos sistemas completos de Kung Fu se originaram dos movimentos do dragão. A maioria se destaca por seus movimentos fluentes, técnicas de mão abundantes (umas 12 danças do punho ou kuen), chutes fortes e rápidos, uma variedade de movimentos circulares de perna e umas 28 séries de armas.
O tigre (hu) desenvolve força por meio do uso de tensão dinâmica e usa esta força para resgatar poderosas técnicas de mão de posturas muito baixas. A técnica de mão básica que distingue este estilo dos outros é a garra do tigre. O estilo do tigre geralmente investe para cima. (Existem, contudo, exceções onde o estilo do tigre investe para fora horizontalmente.)
Com o príncípio dos 170 métodos de Pai, o Kung Fu começou um novo período de crescimento. Contudo, o Kung Fu não começou no templo Shaolin, como muitos acreditam. Em vez disso, o Kung Fu começou a florescer através da influência de Shaolin. Por volta desta época, o Kung Fu passou a ser categorizado como estilos (métodos) do Norte e do Sul. O rio Yuangtze é tradicionalmente a demarcação entre o Norte (mandarim) e o Sul (cantonense).
Os sistemas do Norte destacam-se por suas técnicas de perna e seus padrões muito elegantes e extremamente trabalhados. Os métodos são ligeiros e graciosos. As técnicas do Norte adotaram esta especialização (de acordo com a lenda) por causa do terreno montanhoso que desenvolvia pernas fortes. Outros acreditam que o tempo inclemente forçava as pessoas a usar roupas pesadas. Isto exigia pernas fortes, já que a parte superior do corpo era difícil de se mover com rapidez.
Os estilos do Sul, por sua vez, não usam os métodos acrobáticos do Norte, e por causa disto muitos acham que são mais fáceis de se aprender. Os estilos do Sul usam posturas baixas, técnicas de mão potentes e chutes baixos rápidos. O povo cantonense, que pronuncia Kung Fu como Gung Fu, é mais baixo e mais atarracado e prefere usar métodos de mão. A lenda diz que como o Sul da China tem mais pântanos e água, o povo sulista remava mais, o que desenvolvia seus braços para técnicas de mão. Os praticantes do Gung Fu baseiam-se na velocidade, força, agilidade e resistência para executar seus ataques e defesas.
Os dois estilos mais singulares que se originaram do Kung Fu Shaolin são a palma de ferro (t'ieh chang) e a mão de veneno (dim mark). A palma de ferro refere-se ao método de condicionar externamente a mão para torná-la dura. A idéia é ter uma arma sempre disponível que consiga atacar com a força da morte. Os praticantes da palma de ferro usam ungüento de ervas chamado dit da jow. Usando isto, as mãos não demonstram sinais da capacidade mortífera.
A mão de veneno refere-se à capacidade de atingir centros nervosos para causar um ferimento antagônico. Os praticantes da mão de veneno usam mais o ch'i (energia interior) do que condicionamento físico.
Quando utilizada, há poucos sinais de ferimentos externos; contudo, a energia destrutiva danífica os órgãos internos.